Deus tem sempre um caminho!!

"O HOMEM QUE TRABALHA O POVO NÃO ESQUECE"

BISPO MORAES



terça-feira, 14 de setembro de 2010

A BÍBLIA E O DINHEIRO PARTE 2















• Ecl. 5:10 - para o dinheiro em si é impossível satisfazer a alma. Isso só pode ser feito por Deus.
• Lucas 19:1-10 - Zaqueu. Resultou em uma vida desonesta e de má fama
• Mat. 28:11-15 - os soldados na cruz de Cristo amaram mais o dinheiro do que a verdade, foram levados para uma vida de mentiras
• Gên. 13:7-11- Ló desejou ter o melhor para si. Ló foi levado à uma vida comprometida.

2. Torpe Ganância
Dinheiro não é, em si, torpe ganância. Como já estudamos, o dinheiro obtido de maneira honrosa e para usos de responsabilidade, é uma benção
OBS:. A torpe ganância não é o dinheiro mas a atitude que o homem tem em relação ao dinheiro; é ganhar dinheiro de um modo vergonhoso. Quando o alvo principal é ganhar dinheiro, não importando as maneiras usadas para obtê-lo, fica evidente a caraterística que a Bíblia qualifica torpe ganância. O que diz a Bíblia sobre este assunto e quais são os casos mencionados por ela?

• Usura ou suborno - Salmos 15:1-5 • Mercadores no templo - Mat. 21:12, 13
• Judas Iscariotes - Mat. 26:14-16 • Ananias e Safira - Atos 5:1-10

As qualificações de pastores incluem a qualificação, “não cobiçoso de torpe ganância” (I Tim 3:3; Tito 1:7) pois Deus quer que os crentes tenham exemplos em vida como devem viver. Os pastores tem uma maior responsabilidade diante de Deus e do povo de viver segundo as Escrituras (Mar 12:38-40).

3. Falta de usar corretamente
Há um perigo não apenas pelas atitudes que se torna em relação ao dinheiro mas também em relação ao seu uso. Considere os seguintes casos para ter uma instrução de como não usar o dinheiro.

• Ter só para si - Luc 12:13-21; Prov. 11:24
• Deixar de ser inativo ou não usar com sabedoria - Luc 19:11-27
• Ter propósitos errados - Atos 8:17-20

4. A Esperança Errada Mat. 19:16-24
Sempre colocamos a nossa esperança em algo que se não vier a acontecer trará grande tristeza e descontentamento. Não podemos esperar do dinheiro o que ele não pode ser.
O gozo vem de Deus, é fruto do Espírito Santo (Gal. 5:22). Há uma tendência do homem de procurar um atalho para ter o gozo sem passar por Deus. Freqüentemente o homem procura alegria no dinheiro. Salomão, tinha mais dinheiro do que a maior parte de nós, e também procurou o sentido da vida nas possessões que o dinheiro podia fornecer. O resultado foi nenhum proveito debaixo do sol (Ecl. 2:4-11). O amor ao dinheiro desvia-se da fé, e traz muitas dores (I Tim 6:9, 10). Não adianta buscar do homem coisas que só vêm de Deus. Se você tiver alguma dúvida sobre o assunto busque o conselho de Acã (Josué 7), Ananias e Safira (Atos 5), e de Judas Iscariote (Mat. 27:3-5).
O homem também procura segurança no dinheiro. O dinheiro, para muitos, torna-se uma cidade forte ou “como uma muralha na sua imaginação” (Prov. 18:11; Luc 12:18-21). Mas esperar o dinheiro ser algo que ele não foi desenvolvido para ser traz muita decepção para aqueles que pensam assim. O perigo é ter uma falsa esperança no dinheiro. Por isso Paulo instruiu a Timóteo para ele avisar aos ricos deste mundo para que não ficarem “altivos nem ponham a esperança na incerteza das riquezas” pois na verdade a segurança vem de Deus “que nos dá todas as coisas para delas gozarmos” (I Tim 6:17; Heb 13:9; Tiago 1:11).

II. O DINHEIRO NO LAR
Temos estudado até aqui o que diz a Bíblia sobre as bênçãos e os perigos do dinheiro. Queremos agora dirigir a nossa atenção para o que diz a Bíblia sobre o dinheiro no contexto do lar.

A. O Direito do Dinheiro no lar
Quem é que tem direito de ter dinheiro no lar? Pode alguém pensar que por estar num lar tem direito de ter parte do dinheiro do lar? Os princípios do dinheiro abençoado não mudam quando pensamos no dinheiro no contexto do lar. Ainda é a verdade que “digno é o operário do seu alimento” (Mat. 10:10) até no lar. Paulo ensinou essa verdade aos Tessalonicenses dizendo “se alguém não quiser trabalhar, não coma também” (I Cor 3:10).
Há um pensamento que diz que os pais são obrigados a dar mesadas aos filhos. Há um princípio por de trás deste pensamento de que os filhos devem aprender a controlar o dinheiro e quanto mais cedo melhor. Se o princípio é ensinar os filhos a respeitar o dinheiro, então nada melhor do que eles ganharem o dinheiro pelo seu trabalho. Sempre há tarefas extras no lar que qualificam uma fonte que pode lhes fornecer dinheiro. Se o filho trabalha para obter o dinheiro, ele o respeitará muito mais e quanto mais cedo melhor. Se o filho se recusa a trabalhar para obter o que ele quer, ele já pode desde cedo aprender o resultado de tal atitude: ficar sem. Isso não é uma crueldade, é equipar o filho para a vida real.

B. A Distribuição do dinheiro no lar
O homem é o principal trabalhador no lar e usualmente é dele que vem a maior parte da renda. Ele sendo a cabeça do lar, e o que fornece a renda, deve ter a responsabilidade de decidir como tal renda deve ser usada. Todavia, ele não é o único que trabalha no lar. A esposa fiel e responsável para com o marido e para com a família também trabalha. A ela pode ser confiada parte da renda para os cuidados do lar como ela achar necessário. Isso significa dar a ela “do fruto das suas mãos” (Prov. 31:11,12,31).

C. A Provisão de dinheiro no lar
Quem é que deve gerar a maior parte da renda no lar? O princípio do homem ser a cabeça do lar não é relacionado a dinheiro. É ele quem tem a responsabilidade e geralmente a maior capacidade física e disposição para enfrentar os desafios da vida fora do lar. Há casos em que a mulher gera mais renda que o marido, porém esses casos são exceções e não a regra geral. A ordem que a Bíblia mostra para que o lar seja sustentado é:

1. Da cabeça do lar - a maior parte (I Cor 11:3)
2. Da mulher do lar - a menor parte
3. Dos filhos do lar - recompensar seus pais (I Tim 5:4)

D. O Orçamento do lar
I Cor 14:40, “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.”
II Cor 8:21, “Pois zelamos do que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos homens.”
Alvo: Viver Dentro de Suas Possibilidades

1. Considerando o Orçamento
(Veja o orçamento anexo)
O alvo do orçamento é viver dentro de suas possibilidades financeiras. O orçamento foi desenvolvido para dar uma visão mês a mês da sua maneira de viver em comparação as suas capacidades financeiras.
Para haver um orçamento funcional é necessário um equilíbrio entre necessidades, preferências e desejos. Necessidades são aquelas despesas indispensáveis para o funcionamento normal do lar (alimentação, vestimenta, moradia, atenção médica, escolaridade, etc.). Preferências são as decisões que podemos fazer sobre a qualidade dos bens que sentimos como necessários (vestimenta social em vez de vestimenta escolar, filé mignon em vez de hambúrguer, um carro novo em vez de um carro usado, etc. Considere I Ped 3:3,4). Desejos são aquelas coisas que podem esperar até que as necessidades sejam supridas (uma segunda casa, móveis novos para a casa inteira, forno microondas, etc. Considere I João 2:15,16).
Sempre existem barreiras que nos limitam a atingir qualquer alvo. Há aquela pressão social em adquirir mais bens e também existe a atitude de que só o melhor de tudo é melhor. Essas são barreiras que nos limitam ter um orçamento bem ordenado. O crédito para adiar decisões importantes e difíceis também pode ser uma barreira limitante para atingir o alvo de qualquer orçamento. Se estamos precisando de constante crédito é uma indicação que estamos vivendo fora das nossas possibilidades. Por último não ter um fundo para emergências também pode ser uma barreira para cuidar das necessidades de uma família e viver dentro das possibilidades financeiras.
Se não estamos cientes das barreiras e se não temos um equilíbrio preciso entre as necessidades, preferências e os desejos, chegaremos a um ponto em que a renda será quase que insuficiente para as despesas. Não há uma fórmula mágica ou segredo.
Quando se pensa em fazer um orçamento, pode ser que os pensamentos exagerados invadam o seu raciocínio e destruam os seus princípios fundamentais. Devemos sempre lembrar que nunca um orçamento deve ser enquadrado como uma camisa de força e nem uma arma para ferir um ou outro membro da família. O orçamento não foi desenvolvido para desanimar ninguém na família mas contrariamente, foi formulado para estimular a consistência procurando atingir alvos reais e flexibilizar o manejo da renda no lar. Se o orçamento for entendido de outra forma, é preciso um melhor entendimento.
Se vamos fazer algo decentemente e com ordem como a Bíblia nos pede, devemos ter um plano. Todavia, um bom plano sempre requer ação, auto controle e pode até requerer sacrifícios.

2. Reconhecendo as Divisões do Orçamento
O orçamento ideal deve ser divido em três partes: Primeiramente entra na divisão Deus e o governo. Em segundo lugar a família e as dívidas. Por último há expansão. Vejamos estas três:
a) Deus e o Governo. Devemos colocar Deus em primeiro lugar onde Ele merece e deseja estar. Até mesmo com assunto do planejamento do nosso dinheiro podemos servir ao Senhor. (Mat. 6:33; Malaquias 3:8). O governo também merece a sua parte. Bem ou mal, o governo é um instrumento que Deus estabeleceu para cuidar de nós (Rom 13:1-7; Mat. 22:21).
b) Família e Dívidas. Depois de Deus e do governo vem a família (I Tim 5:8) e o cumprimento da nossa palavra (dívidas, Sal 37:21)
c) Expansão. Esta só acontece depois de cuidarmos dos primeiros dois pontos e inclui investimentos, poupança, multiplicação de bens e ajuda extra aos outros (II Cor 8:14).

3. Começando o Orçamento
Antes de colocar o plano em andamento, é necessário um levantamento atual sobre renda e gastos. Talvez seja necessário um mês para perceber com exatidão onde a renda está sendo utilizada. Depois que você já sabe em quais ralos está indo o dinheiro no lar todos os meses e necessário determinar quais são os alvos e as ações que vamos implementar para atingirmos os alvos.

4. Planejando o Orçamento

a:) Deus e o Governo
1) Dízimo - Dando a Deus a primeira parte (no mínimo 10%).
2) Imposto - Dando às potestades a devida parte .

b.) Família e Dívidas
1) Moradia - não deve ultrapassar 35% do total que se tem para gastar. Inclui tudo relacionado a moradia: gás, água, IPTU, manutenção, prestação/aluguel.
2) Alimentação - usualmente consome aproximadamente 15% do total que se tem para gastar. Inclui tudo que está relacionado usualmente a cozinha e o banheiro. Não inclui marmitas ou despesas no restaurante.
3) Transporte - 15% do total que se tem para gastar. Despesas com carro, seguro do carro, gasolina, manutenção, poupança para a troca do carro. Ônibus e taxi inclui-se aqui.
4) Seguro - com 5% do total que se tem para gastar. Seguro medico, hospitalar. Não se inclui seguro de carro ou de casa neste item.
5) Dívidas - usando 5% do total que se tem para gastar, quitando as dívidas mês a mês com a quantia que der para satisfazer as contas e o seu orçamento. Se houver grandes dívidas, pague primeiro as menores e depois vá parcelando as maiores. Esse item não inclui dividas de carro ou de moradia.
6) Lazer - 5% do total que se tem para gasto com restaurante, hobby, clubes, equipamento para esportes, poupança para as férias. Se o seu orçamento não permite muito lazer, reduza a porcentagem mas não elimine-o. O lazer é necessário para que todos na família mantenham um equilíbrio saudável.
7) Vestimenta - um nível de 5% de tudo o que se tem pode-se gastar. Um mínimo de R$10,00 por pessoa a cada mês deve ser programado.
8) Poupança - 5% do total deve ser poupado para emergências.
9) Médico - 5% do total que se tem para gastar deve ser estipulado para gastos médicos tais como medicamento, dentista, ótica, e gastos com médicos.
10) Outros - Geral - este item inclui gastos com um limite de 5% de tudo o que se tem para gastar destinado a que não cabem em outros itens tais como despesas com cabeleireiro, presentes, miscelânea, etc.
11) Escola - nem todos têm despesas extra todo mês com mensalidades escolares, mas quem tem crianças tem despesas com material escolar. Dependendo da sua situação estipule o necessário para cuidar das despesas mês a mês.
12) Investimento - aposentadoria, e outros desejos ( bens, terras, casas). Deve ser programado depois que os outros itens estiverem supridos.

C.) Expansão
1) Extra - se sobrar dinheiro: ofertas extras à igreja, projetos mais ambiciosos, mais investimentos. Se não tiver planos para qualquer extra, faça aplicações.

As despesas maiores são de moradia, alimentação, dívidas, vestimenta e médico. Se você tiver mais gastos do que renda, será necessário repassar o orçamento cortando o que não for tão necessário para que tudo saia bem. Usar crédito, consolar as dívidas, ou fazer empréstimos não são maneiras aceitáveis para se resolver a situação. Ganha-se mais ou gasta-se menos. Não há outra solução.
É necessário lembrar que nenhum orçamento nunca chega a ser perfeito. Mas ele pode sempre guiar-nos a perfeição.

É melhor planejar e falhar
do que
falhar não planejando

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