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BISPO MORAES



sexta-feira, 2 de julho de 2010

QUEM É O HOMEM DE NAZARÉ?

















O "Homem de Nazaré" - Parte I
Ele abalou os alicerces da história humana por intermédio de sua própria história. Seu viver e Seus pensamentos atravessaram gerações, varreram séculos, embora Ele nunca tenha procurado "status" social nem político...
Imagino que todos, ou quase todos, sabem que houve um homem que viveu a mais de dois mil anos e que, não apenas brilhou em sua inteligência, mas teve uma personalidade intrigante, misteriosa e fascinante. Ele conquistou uma fama indescritível e milhares O amam, veneram e adoram. Quase todas as nações do mundo comemoram seu nascimento; todavia, em detrimento de sua fama, algumas áreas fundamentais da sua inteligência como homem são muito pouco conhecidas.
A história de Jesus, o homem de Nazaré, teve particularidades em toda a sua trajetória; do seu nascimento à Sua morte. Ele abalou os alicerces da história humana por intermédio de sua própria história. Seu viver e Seus pensamentos atravessaram gerações, varreram séculos, embora Ele nunca tenha procurado “status” social nem político e… nem mesmo escrito nenhum livro. No entanto, é o mais estudado e de Quem mais se fala, predica-se e escreve-se. Este Homem destilava sabedoria até mesmo diante de suas dores e era íntimo na arte de pensar.
Ele não nasceu debaixo da cultura clássica de Sua época. Quando abriu a boca, produziu pensamentos de inconfundível complexidade. Com pouco mais de trinta anos (SÓ TRINTA ANOS!) perturbou profundamente a inteligência dos homens mais cultos de Sua época. Os escribas e fariseus, que eram intérpretes e mestres da lei, que possuiam uma cultura milenar rica, ficaram chocados com Seus pensamentos.
Sua vida sempre foi árida, sem nenhum privilégio econômico e social. Conheceu intimamente as dores da existência. Contudo, ao invés de se preocupar com as suas próprias dores e querer que o mundo gravitasse em torno das Suas necessidades, Ele se preocupava com as dores e necessidades alheias.
O sistema político e religioso não foi tolerante com Ele, mas Ele foi tolerante e dócil com todos, mesmo com seus mais ardentes opositores. Jesus vivenciou sofrimentos e perseguições desde a Sua infância. Foi incompreendido, rejeitado, zombado, cuspido no rosto. Foi ferido física e psicologicamente. Porém, apesar de tantas misérias e sofrimentos, não desenvolveu uma emoção agressiva e ansiosa; pelo contrário, Ele exalava tranquilidade diante das mais tensas situações e ainda tinha fôlego para discursar sobre o amor no seu mais poético sentido.
A personalidade de Jesus é difícil de ser estudada. Suas reações intelectuais e emocionais eram tão surpreendentes e incomuns que ultrapassam os limites da previsibilidade psicológica.
Quem foi Jesus, este Homem de Nazaré?!
Tal pergunta entra na esfera da fé, uma esfera que ultrapassa os limites da investigação científica, que transcende a ciência da interpretação. A ciência se cala quando a fé se inicia. A fé transcende a lógica, é uma convicção em que há ausência total da dúvida. A ciência sobrevive da dúvida. Quanto maior fôr a dúvida, maior poderá ser a dimensão da resposta. Sem a arte da dúvida, a ciência não tem como sobreviver e expandir a sua produção de conhecimento.
Jesus discorria sobre a fé. Falava da necessidade de crer sem duvidar, de uma crença plena, completa, sem insegurança. Falava de fé como um misterioso processo de interiorização, como um viver que transcende o mundo material, que extrapola o sistema sensorial e que cria raízes no âmago do espírito humano.
Apesar de Jesus falar de fé como um processo de existência transcendental, Ele não anulava a arte de pensar; pelo contrário, era um Mestre excepcional nesta arte. Jesus não discorria sobre uma fé sem inteligência. Para Ele, primeiro deveria se exercer a capacidade de pensar e refletir, antes de crer; depois vinha o crer sem duvidar. Os Evangelhos mostram como Jesus reagia e expressava Seus pensamentos e constatam que pensar com liberdade e consciência era uma obra-prima para Ele. E…
Continuaremos com Jesus, o Homem de Nazaré, não só na próxima postagem mas para sempre. Amém! Até lá.

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